IA pode trazer mais automação e produtividade, conformidade fiscal, análises e previsões avançadas e melhorias de processos como um todo.
No relatório State of AI in the Enterprise, de 2024, a Deloitte mostrou que 79% dos entrevistados esperam que a IA Generativa alavanque uma grande transformação organizacional em menos de três anos. A pesquisa foi feita com 2,8 mil entrevistados C-Level em diferentes setores e 16 países. O estudo corrobora uma percepção geral de que, embora a Inteligência Artificial (IA) não seja uma tecnologia nova, ela avançou muito nos últimos anos, ficando mais acessível às pessoas. Todos os dias, lidamos com algum tipo de inteligência artificial, como os chatbots de atendimento ao consumidor, por exemplo.
Quando se fala em IA no ambiente empresarial, ela não está relacionada apenas à engenharia e automação em cenários de teste e geração de dados, mas pode beneficiar diversas áreas da companhia, como a área fiscal, que lida com uma grande variedade de cenários e mudanças recorrentes.
Segundo o estudo Tax do Amanhã, da Deloitte, divulgado em abril de 2024, a utilização de IA ou Inteligência Artificial Generativa aliadas aos sistemas ERPs (Enterprise Resource Planning), na área de tax, traz vantagens como automatização de tarefas repetitivas, análise de grandes volumes de dados que possam detectar padrões e tendências, previsão e planejamento tributário, recomendações inteligentes e personalizadas, redução de erros e garantia de conformidade com as regulamentações tributárias, além de proporcionar agilidade para adaptação às mudanças regulatórias. Além disso, a IA aplicada às atividades fiscais poderá gerar aumento da eficiência e precisão, fornecendo insights valiosos para uma gestão tributária mais estratégica.
Ainda segundo o estudo, 46% dos entrevistados preveem investimento em tecnologias para área fiscal e tributária; e 87% das empresas participantes possuem alguma operação fiscal e tributária automatizada. O principal fator de escolha das empresas para adoção de novas tecnologias é o aumento da eficiência e produtividade do time.
Tecnologias como Data Leaving e Document Understand, para obtenção de informações a partir de imagens e documentos, podem ser fundamentais. A IA também poderá colaborar para gerir o grande volume de informações legais e mudanças regulatórias e pode melhorar substancialmente a experiência do usuário (UX), por meio da personalização do atendimento, de acordo com o perfil de cada cliente.
O estudo Tax do Amanhã revela ainda que, apesar de o principal foco das empresas ao adotar uma nova tecnologia seja a melhoria da eficiência e produtividade da equipe, apenas 12% das empresas respondentes já utilizam IA ou GenAI na área tributária.
Para se adaptar, as empresas precisarão investir na transformação digital, olhando atentamente para os seus processos, promovendo a integração entre as áreas. Controladoria, contabilidade e tributária serão ainda mais decisivas para a organização, ao fornecer insights estratégicos em curto espaço de tempo.
Também não é possível imaginar a implementação de soluções de IA sem levar em conta aspectos éticos e de segurança. Normas, políticas e processos precisarão ser bastante claros, evitando problemas futuros. Sendo assim, o modelo de IA e fornecedores certos para a implementação da tecnologia são fundamentais. Não basta aderir a “soluções de prateleira”, as empresas precisam entender suas reais necessidades e contar com parceiros éticos e técnicos, para realizar as melhores escolhas.